Esticamos mais de uma hora contando e ouvindo estórias, na inestimável companhia do Benício e se não fosse pelo Bistecão, teríamos virado a noite ali mesmo, conversando até o amanhecer. Assunto nunca iria faltar. Mas tínhamos pouco mais de duas horas para inaugurar a festa no Sujinho, e havia algo importante a ser feito antes do primeiro copo de cerveja.

Estávamos ansiosos para visitar a loja de brinquedos, digo, parquinho de diversões... opa, outro ato falho... vou tentar de novo... a loja... ok... de materiais... de pintura e desenho... chamada... DISNEYLANDIAAaaa... não, caramba, errei de novo, que coisa!

Era a Pintar pronto, falei, o nome da loja é Pintar. Pintar. A boa e velha Pintar, que fica na rua Cotoxó, sei lá que número, só sei que é grande pacas, tem 3 andares que deixam qualquer ilustrador virando ozóio, de queixo arrastando no chão, querendo comprar tudo que vê pela frente. Nunca apareçam por lá, aquilo é o templo das perdições e ninguém sai de lá sem cometer pelo menos meia dúzia de pecados capitais.

E fomos todos, Benício, Kako, eu, o Vilela e sua muleta para a Pintar. A muleta mereceria um capítulo a parte, mas basta dizer que foi conquistada como um troféu de guerra durante mais uma duríssima peleja do nobre esporte bretão, que eu nunca saberei se é a primeira ou segunda paixão do Vilela. Ilustração ou futebol? futebol ou ilustração? Duvido que ele mesmo saiba.

E rodamos pela loja, e babamos em cada balcão, e compramos algumas traquitanas, e saímos de lá, cada um com uma sacolinha miúda nas mãos e com pelo menos cem paus a menos no banco, mas com uma vontade doida de voltar, mesmo antes de chegar no carro.

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